Para comemorar o Dia Internacional do Jazz, o evento Big Jam especial Miles Davis foi realizado nessa terça-feira (30), das 20h às 3h, na Cervejaria Criolina, localizada no Setor de Oficinas Sul, Guará I. O evento lotou o espaço com pessoas de todas as idades e ingressos esgotados. Além de muita música boa, teve também cerveja artesanal, petiscos e show de improvisos.
A publicitária, produtora e fundadora do Jazz no Porão, Lídia de Oliveira Pessoa, foi uma das organizadoras do evento junto ao Rodrigo Bezerra – que além de assumir a curadoria também tocou guitarra nas apresentações do palco. Segundo Lídia, os shows de Jazz começaram em um porão de uma casa pequena de Brasília, nomeado depois de “Jazz no Porão” que existe até hoje.
“O pessoal imagina o Jazz em um restaurante fino, no fundo do elevador, só elite, mas na essência, lá na origem não era, se tornou depois. E o Jazz no Porão quer ser exatamente o contrário, para mostrar que o Jazz é legal e você pode até dançar dependendo do tipo. Ele é para ser apreciado e valorizado. Queremos valorizar os músicos da cidade e a música em si”, conta Lídia.
O homenageado da noite foi o famoso Miles Davis. Lídia relata que Miles é considerado um dos maiores artistas do Jazz de todos os tempos. Uma pessoa que não tinha fronteiras. “Ele até tem uma frase de que não existe nota errada. Eu sou contrabaixista e tenho muito medo de subir no palco e tocar uma nota errada. E saber que esse cara fala uma coisa assim, porque não? Vamos lá, vamos arriscar. Também é esse o espírito do Jazz, se arriscar. Porque é a partir do risco que você se transforma, inova e atinge uma genialidade musical”.
O Jazz é um movimento/manifestação artística musical que surgiu por volta do final do século XIX em comunidades de Nova Orleães, nos Estados Unidos. Tem sua origem na cultura popular de pessoas negras que viviam nessa região. Surgiu ainda a partir de misturas religiosas, em especial a afro-americana. Apesar do público-alvo deste evento ser de pessoas até 46 anos, com o intuito de atingir principalmente os jovens, muitos idosos compareceram para curtir o som, e a ideia é que possa ser aproveitado por todas as idades.
Participaram do show: Moisés Alves (Trompete), Rodrigo Bezerra (Guitarra), Lívio Almeida (Sax), André Braz (Bateria) e Jhoninha Medeiros (Contrabaixo). Nos intervalos, DJ Mak na discotecagem 100% vinil e no visual Vj Nibêra.
Fotos: Kamila Braga
